domingo, 26 de outubro de 2014

Meu corpo esfria-se com meus pensamentos eufóricos
Minha pele mata-se com os comentários alheios
Minha cabeça corrói-se com os meus miolos estourados 
Meu pulmão está em câncer de tanto sofrimento
O que posso fazer? Meu corpo clama por socorros.
Vou ligar para ambulância pra vê se um hospital me cura
Minha carne é podre e minha alma é simples
Meu dedos estão se desmanchando pelo ar... eu não existo mais
Minhas unhas estão soltando-se da minha pele que já foi viva
Meus olhos estão ficando tão escuros como uma noite sem lua
O que posso fazer? Até meus dedos clamam por socorros. 
Minhas lágrimas não existem mais, são como um rio em um período de seca
Eterno
Período de seca esse que parece que se tornou único.
Acabou todas as primaveras, o inverno foi aproximar outras pessoas. Não eu. 
A mãe natureza disse-me um não enorme, que calou minha boca e secou meu sangue.
A mãe natureza não quer criar mais nada em mim, nem flora nem fauna
A mãe natureza não quer mais nada comigo. 
Servirei de carne para seus filhos que atuam debaixo da terra
Meu único fim será tornar-me alimentos para o início da cadeia. 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

deitei-me ao sol ouvindo o canto do joão de barro
a vida pareceu-me calma e tranquila pela primeira vez
mas nada está tranquilo, nada está calmo
há um turbilhão de problemas dentro de casa
há um turbilhão de problemas dentro de mim
eles estão me possuindo
eu não sei mais como fugir
escuto alguém gritar o meu nome, pedindo-me para voltar
para essa vida caótica que vivemos
e eu não vejo outra saída
senão levantar-me, e deixar de escutar os cantos dos passarinhos.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Não vá embora não

Por favor, não vá embora não, fica mais um pouco
Não precisa pegar na minha mão, só fique aqui
Tenho me sentido tão sozinha e ao mesmo tempo você tá aí
Sempre sorrindo pra mim e sempre com aquele mesmo perfume que eu gosto
Não vá embora não, fica mais um pouco
É sempre uma ida á irrealidade quando estou contigo, parece que eu finalmente existo
É como se eu estivesse nos meus sonhos e eu acordo quando você vai
Não vá embora não, fica mais um pouco
É como se você levasse o vazio causado por outros embora
É como se você me levasse embora desse inferno que vivemos
Não vá embora não, fica mais um pouco
Desculpe-me se só tenho escrito sobre você
É que antes eu só escrevia sobre as minhas mazelas e periferias 
E hoje eu gosto de escrever sobre o meu centro.
Não vá embora não, fica mais um pouco
Senta aqui do meu lado, não precisa me dar a mão
Fica aqui, só pra eu ter certeza de que quando você voltar
Eu poderei existir de novo.